sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Em defesa da comida, Michael Pollan


1. Não coma nada que sua avó não reconheceria como comida.
2. Evite comidas contendo ingredientes cujos nomes você não possa pronunciar.
3. Não coma nada que não possa um dia apodrecer.
4. Evite produtos alimentícios que aleguem vantagens para sua saúde.
5. Dispense os corredores centrais do supermercado e prefira comprar nas prateleiras periféricas.
6. Melhor ainda: compre comida em outros lugares, como feiras livres ou mercadinhos hortifrútis.
7. Pague mais, coma menos.
8. Coma uma variedade maior de alimentos.
9. Prefira produtos provenientes de animais que pastam.
10. Cozinhe, e se possível, plante alguns itens do seu cardápio.
11. Prepare suas refeições e coma apenas à mesa.
12. Coma com ponderação, acompanhado, quando possível, e sempre com prazer.

Comida! Todo mundo adora comer. Então, por que a comida precisa de defesa? Porque a maior parte do que consumimos como refeições - na lanchonete, diante da tevê, no carro e, cada vez mais, sozinhos - não é comida.

Neste manifesto a favor de uma alimentação de verdade, Michael Pollan nos prova que, em vez de alimentos, somos levados a ingerir “substâncias comestíveis parecidas com comida”. O autor denuncia as razões para nossa alimentação se basear em produtos processados colocados à disposição de acordo com as prioridades da agroindústria e da indústria alimentícia, e conforme os dogmas da ciência da nutrição.

Pollan investiga também os motivos de a maior parte dos alimentos da dieta ocidental ser comercializada com destaque de seus benefícios à saúde. Hoje os comestíveis anunciam “vitaminas”, “baixo teor de gordura” ou “enriquecimento” com ômega-3, ferro, magnésio, soja — e uma série de elementos pretensamente saudáveis, que variam conforme campanhas de marketing fundamentadas em diretrizes econômicas e/ou governamentais. Em defesa da comida ressalta que esse deve ser o primeiro sinal de alerta. Afinal, quatro das dez principais causas de morte na atualidade são doenças crônicas ligadas à alimentação: distúrbios coronarianos, diabetes, AVC e câncer.

Se nos falta comida de verdade — aquela que nossas avós reconheceriam como comida e que dispensava rótulos com as porcentagens de adição de substâncias benéficas, nutrientes, teor calórico ou índices de gorduras —, o autor mostra o que de fato aconteceu e desvirtuou a cadeia alimentar. Por isso ele indica o que fazer propondo hábitos simples e libertadores: Coma comida. Não muita. Principalmente vegetais.

Saúde e alimentos não-industrializados andam juntos. E apesar das verdadeiras ameaças ao bem-estar disponíveis nas prateleiras dos supermercados, podemos escapar das doenças crônicas resultantes dessa dieta reorganizando nossos hábitos e nosso apetite. Em defesa da comida aponta as escolhas que podem transformar nossa compreensão do que significa ser saudável, e levar ainda mais prazer às refeições.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

(Não) brinque com o alimento?





Vik Muniz

"Não brinque com a comida!”

Quem nunca ouviu a mãe dizer isso quando era criança?
Eu sempre ouvi mas passei a brincar de uma outra forma... cozinhando!

Já o Vik Muniz, artista plástico paulistano, também encontrou sua maneira genial de brincar com o alimento.

www.vikmuniz.net

Macarronada


Feijão


Geléia de morango e creme de amendoim


Caviar



Chocolate







Açúcar


VIK MUNIZ.
É a maior retrospectiva já realizada na cidade com trabalhos do artista paulistano de 47 anos, há 25 radicado nos Estados Unidos. Batizada apenas como Vik, a mostra reúne 131 trabalhos fotográficos constituídos de mais de duzentas imagens – há vários trípticos – em médios e grandes formatos. Marca registrada de Muniz, suas obras figurativas são compostas de materiais inusitados, como sucata de equipamentos de informática, brinquedos, geleia, chocolate, caviar e diamantes. Pedras preciosas, por exemplo, reproduzem o rosto da atriz Elizabeth Taylor na série Diamond Divas, de 2004. Museu de Arte Moderna. Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo, Centro, 2240-4944. Terça a sexta, 12h às 18h; sábado, domingo e feriado, 12h às 19h. R$ 8,00. A bilheteria fecha meia hora antes. Estac. (R$ 3,00 por uma hora). Pessoas com mais de 60 anos pagam R$ 4,00. Grátis para amigos do MAM e crianças de até 12 anos. Aos domingos vigora o ingresso família: pagam-se apenas R$ 8,00 por grupo. Até 8 de março. www.mamrio.com.br